sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Confraria da Leitura-pn Edição 15




NITA EXPÕE EM CURITIBANOS

Dia 19 de novembro às 20 horas, a artista plástica Nita estará recebendo seus convidados para uma “vernissage” em Curitibanos. A exposição ficará aberta de 20 a 25 de novembro na Galeria Art & Festa, sempre das 9 às 21 horas, à rua Archias Ganz, 129, naquela cidade.
Começou a pintar há 10 anos, embora desde criança sempre esteve voltada para as artes.
Frequentou escola de artes e vários cursos com outros pintores.
Natural de Urubici, reside em Curitibanos desde 1983.
Essa é a primeira vernissage de Nita que agora vê realizar-se um sonho antigo.
Com o tema sensualidade a artista explora de maneira toda particular o gosto por pintar corpos através da observação da estética da natureza humana.
Sempre contando com o apoio total da família há 4 anos vem trabalhando no tema que ora culmina em exposição.
Pretendo estar presente. Sucesso, Nita!

UM ESCRITOR: DAVID GONÇALVES

Nasceu em Jandaia do Sul, Paraná, em 1952 e reside há muito tempo em Joinville, Santa Catarina. Professor universitário e consultor de empresas, ministra cursos e palestras sobre literatura, comunicação e liderança. Filho de pequenos agricultores, conviveu com os trabalhadores rurais e, dessa convivência, mantida até hoje, extrai a sua força literária. O seu primeiro livro [1972], As flores que o chapadão não deu, foi recolhido pelo regime militar e permaneceu 16 anos na gaveta. Os primeiros contos e romances foram publicados em mimeógrafo. Atualmente, suas obras técnicas e literárias são amplamente lidas nas escolas e nas empresas e diversas teses já foram escritas por elas. OBRAS PUBLICADAS: As flores que o chapadão não deu, Geração Viva, Terra braba, O rei da estrada, O campeão, O sol dos trópicos, Acima do chão, Águas de Outono, Os caçadores de aranhas, O assassino da rua 1.500, O homem que só tinha segunda-feira, Até sangrar, Admirável Margarida, Contos escolhidos, Paixão cega, Pó e sombra, Entrem e sejam bem-vindos. Site www.davidgonçalves.com.br

PARA LEMBRAR
Perde o acento o U tônico das formas que/qui e gue/gui de verbos como apaziguar, argüir, averiguar, redargüir, obliquar. Antes: apazigúe(s), argúem, averigúe(s), obliqúem. Agora: apazigue(s), arguem, averigue(s), obliquem.

POEMAS
O lançamento oficial da coletânea “Poemas a flor da pele” será realizado no dia 28 de outubro, dentro da programação do XVIII Congresso Brasileiro de Poesia que acontece anualmente em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Estarei lá.

ADEUS AO LAURO

Na manhã do dia 21 deste mês de outubro foi enterrado, no Jardim da Paz, o corpo do professor, doutor e crítico literário Lauro Junkes, Presidente da Academia Catarinense de Letras. Faleceu no dia anterior, 20 de outubro, dia do Poeta. Ele que foi um grande incentivador dos iniciantes, poetas, contistas, cronistas, romancistas, ensaístas, etc. Ele que sempre tratou a todos com muita atenção e muito carinho, incentivando sempre. Ele que pesquisou, estudou e escreveu sobre a Literatura do Estado onde nasceu: Santa Catarina. Como disse o confrade Péricles Prade durante a cerimônia de último adeus: “ele deve estar agora usufruindo da vasta biblioteca celeste”. Fique com Deus, Lauro.


SEMANA DA BIBLIOTECA

Entre 25 e 29 de outubro, a Biblioteca Pública Municipal Machado de Assis, órgão da Fundação Cultural de Balneário Camboriú (FCBC), promove a Semana da Biblioteca. Na abertura oficial, segunda-feira, 25, a partir das 9h30, presença confirma de autoridades municipais, estudantes, representantes da Academia de Letras e convidados. Às 10h a escritora Marlene Rothbarth lança o seu livro “Júlia e Gabriel visitam Itajaí”, que tem ilustrações de Lindinalva Deólla. Teatro de fantoches, contação de histórias e a presença de ilustres convidados completam a agenda de eventos que é aberta à comunidade, com entrada franca.
Programação completa no site: www.balneariocamboriu.sc.gov.br


PONTO DO POETA

Quero nunca
perder de vista
teus olhos verde-jade.
Tua alma, teu corpo
tua verdade.

Quero não ser peso
para o teu coração
para tuas vontades
para tua canção.

Ofereço em troca:
meus espectros
minha demência,
meus monstros,
minha impotência.

(Poema Ro I, pg.276, antologia Poemas a flor da pele, 2009)

MEU BLOG: http://confrariadaleitura-pn.blogspot.com

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

BIBLIOTECA PROF. OSNI RÉGIS

Esta notícia me foi enviada pela bibliotecária Michelle Pinheiro, minha filha. Por considerá-la de suma importância, repasso a todos através deste blog:

“Quinze mil livros de bordas amareladas descansam tranquilos no número 1344 da Avenida Mauro Ramos, no centro de Florianópolis. Olhos apressados passam reto pela placa que sinaliza, logo depois da igreja evangélica nababesca, a existência de um pequeno achado: uma biblioteca quase-pública (mas sem público) que guarda o acervo de uma vida toda.

Quem sai do pandemônio do resto da cidade e entra nos fundos da casa que esconde a biblioteca sente um leve deslocamento no espaço e no tempo. Não parece Florianópolis, nem 2010. O sol das 15h passa pelas vidraças e bate nas prateleiras cheias de clássicos de direito, sociologia, filosofia, história, teoria literária e literatura. No quintal, uma bananeira exibe um cacho verde. Volta e meia, um bem-te-vi pousa na grama. Só o que remete ao mundo lá de fora são dois computadores parados num canto.

Vale a visita. Se não para pegar um livro (nem todos são emprestáveis), pelo menos para sentar, ler e aproveitar o ambiente agradável durante um tempo.

O charme do lugar começa pela sua história. O acervo pertenceu ao político, professor e apaixonado por leitura Osni Régis. Após assistir My fair lady, estrelado por Audrey Hepburn, ele resolveu construir na sua casa uma pequena-semi-réplica da biblioteca que aparece no filme. Depois que morreu, em 1991, a família decidiu abrir o espaço ao público e criou a Fundação Prof. Osni Régis, que banca a manutenção de tudo com recursos próprios.

Para quem estuda Direito, os muitos títulos na área representam o paraíso. Mas também há clássicos literários brasileiros e estrangeiros - franceses, latinos, gregos, uma prateleira toda de Agatha Christie e muitas raridades. Entre elas, aHistória da Literatura Ocidental, de Otto Maria Carpeaux, em sete volumes, uma pequena autobiografia de Ferreira Gullar, cartas eróticas de James Joyce para a mulher, as obras completas de Tomás de Aquino, Karl Marx e números de revistas pouco encontráveis por aí, como a francesa Les Temps Modernes, fundada por Jean-
Fazer a manutenção de tudo isso já é complicado o bastante, por isso todas as ofertas de doações de livros são delicadamente negadas. O acervo permanece com 15 mil volumes há quase vinte anos.

“Livro é para ser lido, deixá-lo parado na estante não é o objetivo”, diz Isabel Régis, filha de Osni Régis e presidente do conselho curador da Fundação. Ela lamenta que a biblioteca tenha tão poucos visitantes. “Quando vem alguém é mais pra pesquisar na área de literatura e direito. Ou então as pessoas entram, olham o lugar e vão embora”.

Quem fica lá todos os dias cercada pelos maiores clássicos mundiais é Maria, que recebe os passantes, cuida dos livros, deixa o lugar sempre impecável e fica de olho no amadurecer dos cachos de bananas. “São mais gostosas que qualquer uma que se vende no supermercado”, saliva.

Ler um pouco, levantar, ir até o gramadinho lá fora, pegar uma banana, comer, escutar um passarinho. Por que mesmo ninguém nota aquela placa na Mauro Ramos?

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Quem quiser aparecer por lá pra checar se as bananas já maduraram, anote aí:
Biblioteca Prof. Osni Régis, nº 1344, Avenida Mauro Ramos, Centro, Florianópolis
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h
Mais informações: (48) 3223 4833”